Quando era pequena, o meu pai tentou (exaustivamente) convencer-me a ter aulas de aikido. "Não quero! Quero ser bailarina!", protestava eu. "O aikido é quase uma dança," argumentava o meu pai "vais ver que vais gostar." Mas a Marta de 8 anos não queria saber. A Marta de 8 anos queria era lantejoulas, dançar em … Continue reading Mais, por favor
O Pai
em·pa·ti·a (grego empátheia, -as, paixão) substantivo feminino Forma de identificação intelectual ou afectiva de um sujeito com uma pessoa, uma ideia ou uma coisa (ex.: a empatia entre os voluntários e a população local era evidente; assistimos à perfeita empatia entre piano e violino). in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa Esta semana, a Associação … Continue reading O Pai
a série que me está a fazer deixar o Game of Thrones na prateleira
A fórmula não tem muito de original: Equipa all-stars composta por personagens da literatura vitoriana? Check. Sangue e sexo semi-gratuitos por todo o lado? Check. Vampiros? Check. A Eva Green a fazer de bruxa? Check, check e check. Penny Dreadful traz-nos o Dr Frankenstein e a sua criatura (ironicamente, talvez a personagem mais bela da série), o hedonista Dorian … Continue reading a série que me está a fazer deixar o Game of Thrones na prateleira
connection
Detachment Movie Poster ©Lafar88 How are you to imagine anything if the images are always provided for you? Doublethink. To deliberately believe in lies, while knowing they're false. Examples of this in everyday life: "Oh, I need to be pretty to be happy. I need surgery to be pretty. I need to be thin, famous, … Continue reading connection
Obediência
Ver filmes sobre os quais só se sabe o título tem as suas vantagens. A história começa com o início de um dia de trabalho num franchise de fast food. Conhecemos a gerente, o empregado calão, a loirinha mais interessada em mudar as capas do telemóvel do que em atender clientes, e tudo filmado em … Continue reading Obediência
os mortos vivem
Comecei ontem a devorar a série que apelidei carinhosamente de Os Retornados: Les Revenants. "Não são zombies nem fantasmas: voltam de repente, tal e qual como eram antes de morrerem. Não conseguem dormir e estão sempre com fome", conta-me a amiga Panda, que descobre sempre estas pérolas. Visualmente arrebatadora, é estupidamente bem escrita e um … Continue reading os mortos vivem
who’s afraid of the big bad wolf?
Company of Liars by Karen Maitland My rating: 4 of 5 stars 'You won't like the ending', said the friend who lent me the book. Multiple reviews complained about the build up that led to a not-very-spectacular-revelation. But good stories aren't always about the twist. They're about the Truth. Those big, timeless, human truths. And … Continue reading who’s afraid of the big bad wolf?
Isidora Burns for Hawksley
At the time I was hungry for Paris and its bohemian sounds: I wanted accordions and violins and cabaret pianos in a 3/4 beat & Sarah Slean lead me to him. Everything I read spoke of this extravagant, flamboyant artist, but I came to see something very different. Yes, he's astoundingly prolific and, yes, he's … Continue reading Isidora Burns for Hawksley
porque é que o "the fall" é o melhor filme de fantasia de todos os tempos
Alexandria: Why are you killing everybody? Why are you making everybody die? Roy Walker: It's my story! Alexandria: Mine, too! Era uma vez... laranjas. Um cavalo roubado, um cavalo partido. Uma borboleta rara e a alma nos dentes. Uma história de amor improvável entre dois despedaçados, o The Fall é como aqueles sonhos com associações … Continue reading porque é que o "the fall" é o melhor filme de fantasia de todos os tempos
livros vs. filmes
A história é sobejamente conhecida e partilhada por muitos: Lemos um livro que adoramos, alguém se lembra de o adaptar para filme e ficamos profundamente desiludidos com o resultado - porque o enredo foi hollywoodzado ou porque o nariz de um qualquer actor não é como imaginávamos que a personagem o tivesse. Mas, e quando … Continue reading livros vs. filmes
endurable only after a bottle of good red wine
É tão bom que foi a imagem maior que encontrei. Com a participação especial de António Variações no papel de Malcolm.
morte aos feios
M e ingleses combinam ir ver o novo filme do Spike Lee. Os bilhetes esgotam quando estamos a meio da fila e alguém sugere o remake do filme The Hills Have Eyes. Nunca tendo ouvido falar de semelhante coisa, as criancinhas inocentes lá decidem gastar 10 euros no bilhete e instalam-se na sala de cinema … Continue reading morte aos feios
amor de mãe
É sabido que as adaptações de livros para filme desiludem sempre alguém. Depois de um Prisioneiro de Azkaban sem o Richard E. Grant como Sirus Black e sem a explicação do porquê de um veado como patronus do Harry (chorei baba e ranho...), foi um prazer enorme ver um Cálice de Fogo muito próximo … Continue reading amor de mãe
how’s afraid of the big bad Vader?
Tinha uns 4 ou 5 anos quando fui ver O Regresso de Jedi ao cinema e apaixonei-me. Queria ter o cabelo da Princesa Leia, um sabre de luz e mover objectos com a mente. À medida que fui crescendo descobri que adoro homens vestidos de preto graças à luta final entre Skywalkers (tinha um fraquinho … Continue reading how’s afraid of the big bad Vader?
liberte a criança que há em si
Em criança passava tardes a ouvir a cassete áudio com a versão brasileira da Disney. Li o livro. Vi o Hook. Auto-diagnostiquei-me como tendo síndrome de Peter Pan. Hoje saí do trabalho e fui ver o filme sobre o autor. Finding Neverland/À Procura da Terra do Nunca romanceia a vida de J. M. Barrie, dramaturgo escocês, … Continue reading liberte a criança que há em si
“o sol cuspiu a manhã na cara do gajo”
Depois de um jejum teatral de quase um ano, lá segui o conselho de uma amiga (conhecida na comunidade bloguística como J.) e fui ver "O Mocho e Gatinha", em cena no Teatro Mário Viegas. Já tinha ouvido falar da dita mas como o título me remetia para uma peça infantil, não lhe dei muita … Continue reading “o sol cuspiu a manhã na cara do gajo”
o deus da dança
A minha loucura é amor pela humanidade. Vaslav Nijinsky (1890-1950) Antes dos Nureyevs e dos Baryshnikovs, havia o Nijinsky. Bailarino e coreógrafo, genial e carismático, a sua sensibilidade extrema - vista pelo resto do mundo como fragilidade emocional - e o seu nervosismo fizeram com que, a pouco e pouco, tenha sido considerado como louco … Continue reading o deus da dança