Segunda-feira, 25 de Maio

Decidi que vou ser poeta. O meu pai diz que não há uma carreira organizada para poetas nem reformas nem uma data de coisas chatas, mas estou firmemente decidido. Ele tentou interessar-me por ser operador de computadores, mas eu disse: «Tenho de pôr a minha alma naquilo que faço e toda a gente sabe que os computadores não têm alma.» O meu pai disse: «Os americanos andam a tratar disso.»

Hoje descobri que há pessoas da minha geração e gerações periféricas que nunca tinham ouvido falar do Adrian Mole.
E lembrei-me imediatamente de ter recebido o 1º livro num qualquer Natal, de uma professora de Português, cujo nome já me escapa mas que ainda consigo ver, me ter emprestado outro no 7º ano.
Era demasiado nova para perceber a maioria das referências de uma Inglaterra-trabalhista-thatcheriana, mas percebia o humor – que adorava.

Agora a ser reeditado e ainda bem. adrian mole

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