It started with a grain first fed then contained Fear kept it lovingly in its domain I was always brave when the time came. Breathe in rip it out like a band aid Now I harbour winds that rage like hurricanes but hardly whisper outside the brain I used to be brave when the time … Continue reading flowers growing in unusual places
De Santos e Pastores
Foram anos de poemas declamados no colégio de freiras e de outros tantos a retalhar versos como se fossem só uma aglomeração de a-b-b-a e sinédoques - que identificamos com o mesmo entusiasmo de quem decora a lengalenga do teorema de Pitágoras. Até que um dia, depois todo este ruído, conheci o mestre Caeiro, e … Continue reading De Santos e Pastores
Seeds
The eyes In my mind See all the skies I've crossed Since they were left behind Can you see All the seeds you left Inside me How they grow Do you know It is all you I am turning into.
Translations
O meu amigo Ricardo escreve umas coisas - bastantes e boas. Há poucos dias publicou, no seu cantinho virtual, um poema em que pede para não ser traduzido. O que me pareceu a oportunidade perfeita para exercitar os músculos de tradutora e pseudo-poeta. Sem mais demoras, aqui vai: My friend Rick (see what I did there?) … Continue reading Translations
Sylvia’s tree
Only the branches seem to grow and multiply - like Sylvia's tree. I should not depend on the wind as guide - it changes all the time. But the speed with which I need to grow (do I?) may well be the death of me. Shallow roots grow faster but never hold.
e outros demónios
se me senti encontrada não reclamei que me viu e, pensando-me inerte, deu a volta e seguiu.
Hg
Me, the ever restless twins Fast as wings in Hermes’ heels You, Apollo’s racing car Know what is a cinnabar. From chemistry to alchemy Astrology, astronomy An orbit of the highest Eccentricity Coulomb interaction Semi-neurotic reaction To bad grammar and bad spelling That we both find so repelling. You know the capital of Nepal … Continue reading Hg
Isidora & Prose
I am a painfully s l o w writer of prose and soaringwriterofverse. To my mind prose is convention & norm, poetry free form. In a poem, you can cut sentences in half wherever you wish and pile them up together in whatever shape you want You could never have that with prose.
Isidora comes of age
Black sunflowers are but red. I am not darkness a Lilith moon calling out beasts and demons to roam the woods and minds of dreamers who step down the steps to the cave where they store what they hide. I am a different cave: where every creature goes to digest what it feels that harbors … Continue reading Isidora comes of age
um dia beijo-te
um dia beijo-te ao som do vermelho tinto que trazemos no sangue mesmo que não sintas fervilhar no teu os meus lábios dir-te-ão mais que as palavras e juras que carrego nas veias. um dia beijo-te ao chegar a coragem de dizer sem versos as rimas que sinto na minha pele ansiosa pela tua de … Continue reading um dia beijo-te
gomesianismo II
Para as três pessoas que chegaram a este espacinho à procura de Gomes, o Grande, um sincero bem-haja. Este é para vocês: Bate-me algo no cérebro Não há registos para parar Tudo é vivido com intensidade Os sons condensam-se e estão à acelerar. O ritmo é estonteante: As ondas rebentam. Os morcegos acordam, As flores … Continue reading gomesianismo II
gomesianismo
Vagueando toda a noite. Bebendo todo o dia. Vida de pobre Ninguém nos tira uma fotografia. Já aborrecidos à tarde Bafámos um charro. A alegria voltou Mijámos em cima de um carro. Embora o verso pareça fácil Ainda tive de reflectir um bocado. Agrada-me escrever Sobre o futuro, presente e passado. João Gomes, #32, in … Continue reading gomesianismo
it is quiet
it is quiet my love I do not float away at your sight at your words at your matter of gray it is rooted my love like the ancient cool stream your reflection so close to the one I have seen and they're crappy, my love these words and the rhymes as it's born in … Continue reading it is quiet
a cave
deixava todos os dias a minha voz debaixo do tapete de entrada tu eras a cave eu a janela no espaço vazio cheio de ti cheio do meu medo de quem desceu aos infernos por lá ver centelhas. se havia palavras ficavam nos cantos e esquinas da sala no meio de tantos ais que sorri … Continue reading a cave
(sem título)
lembras-te, irmã das cruzadas desertos onde amámos a solidão e o silêncio e a nossa pele se tornou pedra com as areias que ninguém sacudiu das nossas pálpebras.
china
Corpo meu fará quadrado. Corpo meu duro que é Embora palavras não diga Palavras guarda. E responde.*Queria eu, esconder-me na montanha. Estudar a Via. Mas não aguento, o frio - nem suporto, a fome. in Poemas Anónimos - Turcos, Mongóis, Chineses e incertos, Assírio & Alvim
bay-route
O que me traz será reminiscente de caravanas e feiras, saias rodadas e pés descalços? ou do fascínio burguês (tão bem instalado) pelo nómada por certo exótico infectado com areias que nunca vão conhecer fora das excursões programadas controladas quando trocam o que julgam ser riqueza pela ilusão de liberdade e horizontes amplos mas sempre … Continue reading bay-route
1.000
I will not love you for your grey and your blue when I have already loved one thousand like you (and my ears are full of such idle haughty words) I will not chase you down the road when it leads only to time wasted when your feet are not hasting in my direction (and … Continue reading 1.000
pavão
passa por mim com tinta e carvão no algodão que nos cobre ao nos descobrirmos tu e eu passa por mim com palavras cantadas pelos teus dedos nos dias em que o veludo é tudo o que não tenho passa por mim mesmo que venhas só de passagem mesmo com a tua plumagem escarlate e … Continue reading pavão
mais-que-perfeito
peças pequenas estilhaços bocados de mim aos pedaços só te quero pelo que tens que é meu ou ainda serei e apenas sou quando não te sei
poros
quero a pele que me demarca viva sem a marca dos teus lábios os olhos cerrados do teu corpo trémulo quando te dedilho pequenos montes que temos iguais
princesas
a ervilha que eu temo és tu quem a sente? se eu assinto a escalada dessa pilha aclamada de colchões.
desbloqueio
Já tinha saudades disto... Inverno que te fazes frio e te fechas para a luz que é tua Inverno de ventos fortes com que foges pelo mundo, ao silêncio, de ti Inverno que para mim és Primavera que me traz a vida e o pólen que cria Inverno que me partes quando te esquivas que … Continue reading desbloqueio
Alma Perdida
Toda esta noite o rouxinol chorou, Gemeu, rezou, gritou perdidamente! Alma de rouxinol, alma de gente, Tu és, talvez, alguém que se finou! Tu és, talvez, um sonho que passou, Que se fundiu na dor, suavemente... Talvez sejas a alma, a alma doente D'alguém que quis amar e nunca amou! Toda à noite choraste... e … Continue reading Alma Perdida