deixava todos os dias
a minha voz debaixo
do tapete de entrada
tu eras a cave eu a janela
no espaço vazio
cheio de ti cheio do meu
medo de quem
desceu aos infernos
por lá ver centelhas.
se havia palavras
ficavam nos cantos
e esquinas da sala
no meio de tantos
ais que sorri
por virem de ataques
que vinham de ti.
e ao trazer-me de volta
deixei o tapete estendido
no centro com o pó
do que não disse
guardado lá dentro

Advertisement

Leave a Reply

Fill in your details below or click an icon to log in:

WordPress.com Logo

You are commenting using your WordPress.com account. Log Out /  Change )

Twitter picture

You are commenting using your Twitter account. Log Out /  Change )

Facebook photo

You are commenting using your Facebook account. Log Out /  Change )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.