There are some books that refuse to be written. They stand their ground year after year and will not be persuaded. It isn't because the book is not there and worth being written—it is only because the right form of the story does not present itself. There is only one right form for a story … Continue reading crenças
austenismos
She hoped to be wise and reasonable in time; but alas! Alas! She must confess to herself that she was not wise yet. Persuasion, Jane Austen Alguém me disse, em tempos, que era o melhor livro da amiga Jane. Talvez já não tenha idade para eles, talvez, por ter sido o último, estivesse à espera … Continue reading austenismos
cabalismos
Comprei um livro de numerologia cabalista que 'descodifica o contrato da alma' de cada um. Depois de inúmeras somas, é-me revelado que parte da solução para os meus problemas de dinheiro é pensar duas vezes se objecto de consumo X é realmente necessário. Posto isto, devolvi o livro e recuperei 13€.
autodisciplina
#1 - Pequeno ou grande mas terminado: um desenho por dia.
e outros demónios
se me senti encontrada não reclamei que me viu e, pensando-me inerte, deu a volta e seguiu.
geração Magalhães
Acredito que, no meu tempo, os professores tinham mais do que vontade de pegar em dois ou três alunos e afastá-los da turma para conseguirem dar aulas. Eu tenho vontade de pegar em dois ou três alunos de cada turma e dar-lhes aulas só a eles.
um dia beijo-te
um dia beijo-te ao som do vermelho tinto que trazemos no sangue mesmo que não sintas fervilhar no teu os meus lábios dir-te-ão mais que as palavras e juras que carrego nas veias. um dia beijo-te ao chegar a coragem de dizer sem versos as rimas que sinto na minha pele ansiosa pela tua de … Continue reading um dia beijo-te
antigas e eternas crises de fé
Como o antepassado milenar, duvido por não ver. Há todo um sistema que fui descobrindo/criando/fixando para responder a comos e porquês. E que agora vacila. Porque uma ascensão - de acordo com os pilares - implicaria pôr os pés nas águas, na esperança de conseguir andar sobre elas. Aquilo que sinto ser verdade pede-me que … Continue reading antigas e eternas crises de fé
sem título possível
Anúncio televisivo acabado de ver: Enquanto um par de mãos se move entre o frigorífico e o microondas, ouve-se a voz carinhosa da mãezinha Rita Blanco, como quem lê um bilhete, a dizer algo como "Deixei-te o jantar pronto, o teu preferido. Convida os teus amigos se quiseres". As mãos põem a mesa para quatro … Continue reading sem título possível
entretanto
O blog também fez anos e, em tom nostálgico, reproduzimos aqui o início, agora com foto a condizer. princesas a ervilha que eu temo és tu quem a sente? se eu assinto a escalada dessa pilha aclamada de colchões.
porque é que o "the fall" é o melhor filme de fantasia de todos os tempos
Alexandria: Why are you killing everybody? Why are you making everybody die? Roy Walker: It's my story! Alexandria: Mine, too! Era uma vez... laranjas. Um cavalo roubado, um cavalo partido. Uma borboleta rara e a alma nos dentes. Uma história de amor improvável entre dois despedaçados, o The Fall é como aqueles sonhos com associações … Continue reading porque é que o "the fall" é o melhor filme de fantasia de todos os tempos
solfejo
Quando era pequena ensinaram-lhe a contar o tempo de forma matemática. Lógica, limpa e mecânica. Já crescida, deu por si a tropeçar, desengonçada, nos momentos em que o ritmo se tornava mais complexo e surgia todo um arsenal de sinais confusos. Assumiu a sua culpa, ignorância e falta de destreza e, toda humildade, pediu aos … Continue reading solfejo
crisa-mos
A Crise não é uma Entidade Suprema. Nem sequer é uma crise: a queda ou seja o que for que está a acontecer ao capitalismo é uma Mudança. Confesso que nunca consegui perceber a economia, com as suas bolsas e taxas de juro e spreads e dinheiro que não existe. Mas centrar páginas e reportagens … Continue reading crisa-mos
plasma
os pontos soltos que fui criando e dispondo por mim como uma constelação à espera de ser formada pequenas luzes dispersas que me lançaram na queda por não terem rectas que me guiassem encontrei linhas com laços e nós desfazendo-se sempre entre os dedos ansiosos agora calmos - ainda nus que apontam os pontos que … Continue reading plasma
a cave
deixava todos os dias a minha voz debaixo do tapete de entrada tu eras a cave eu a janela no espaço vazio cheio de ti cheio do meu medo de quem desceu aos infernos por lá ver centelhas. se havia palavras ficavam nos cantos e esquinas da sala no meio de tantos ais que sorri … Continue reading a cave
(sem título)
lembras-te, irmã das cruzadas desertos onde amámos a solidão e o silêncio e a nossa pele se tornou pedra com as areias que ninguém sacudiu das nossas pálpebras.
bay-route
O que me traz será reminiscente de caravanas e feiras, saias rodadas e pés descalços? ou do fascínio burguês (tão bem instalado) pelo nómada por certo exótico infectado com areias que nunca vão conhecer fora das excursões programadas controladas quando trocam o que julgam ser riqueza pela ilusão de liberdade e horizontes amplos mas sempre … Continue reading bay-route
1.000
I will not love you for your grey and your blue when I have already loved one thousand like you (and my ears are full of such idle haughty words) I will not chase you down the road when it leads only to time wasted when your feet are not hasting in my direction (and … Continue reading 1.000
pavão
passa por mim com tinta e carvão no algodão que nos cobre ao nos descobrirmos tu e eu passa por mim com palavras cantadas pelos teus dedos nos dias em que o veludo é tudo o que não tenho passa por mim mesmo que venhas só de passagem mesmo com a tua plumagem escarlate e … Continue reading pavão
mais-que-perfeito
peças pequenas estilhaços bocados de mim aos pedaços só te quero pelo que tens que é meu ou ainda serei e apenas sou quando não te sei
poros
quero a pele que me demarca viva sem a marca dos teus lábios os olhos cerrados do teu corpo trémulo quando te dedilho pequenos montes que temos iguais
princesas
a ervilha que eu temo és tu quem a sente? se eu assinto a escalada dessa pilha aclamada de colchões.
sabemos que o mundo está a levar a história da Nova Era longe demais quando…
... vamos ao supermercado e vemos à venda desodorizantes com aromaterapia.
“I like to put pens up my bum”
Andava melancólica e resolvi ir ao cinema ver um qualquer filme deprimente para ficar triste com as histórias dos outros e esquecer as minhas. Um filme sobre um funeral pareceu-me bem. Não reparei foi no facto de ter sido realizado pela voz da Miss Piggy... Entre caixões e elegias somos expostos a sodomia, nudismo, anões … Continue reading “I like to put pens up my bum”
citação da semana
A comida é muito mais importante do que a roupa, porque se não comemos, morremos. Agatha Ruiz de la Prada, in Pública 23-09-2007
