De cabeleireira farfalhuda cortada à tigela, tem um quê de Ringo Starr se tivesse tirado Gestão.

O ângulo do perfil parece completamente à mercê do nariz e do seu esforço consciente em manter-se elevado – o que, é sabido, mostra ao mundo como somos conhecedores e capazes.

Mas quando se afasta do portátil anda e gesticula como quem tem a dança presa nos membros, a querer rasgar o impecável fato. O entusiasmo é metade genuino, metade comprado.

Atrás dele, colada pelos pés como uma sombra, anda lenta a pergunta: como serias tu se tivesses trocado o espartilho da gravata por uma mão cheia de anéis?

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