Depois de correr duas lojas e um banco, descobri que ninguém quer conceder um crédito a pessoas empregadas através de agências de trabalho temporário. Compreendo que contratos autorenováveis mensalmente não sejam garantia para nenhuma instituição de crédito, mas não deixa de ser curioso…

Quando trabalhei como recuperadora para um banco que não vou dizer qual é mas que se chama BBVA, a grande maioria dos casos em contencioso era de velhotes analfabetos da província a quem vendedores impingiam produtos que não interessavam nem ao menino Jesus. “Faça aqui um X, e isto é seu”. E ficavam os velhotes obrigados a pagar durante anos mais do que podiam – ou a ficar em dívida, que era o mais certo.

Fiquei triste, desgostosa, ninguém me quer ajudar, é uma injustiça, uma tragédia.

Mas, numa sociedade que vive à base do “leve agora, pague depois (mas paga o dobro)”, não sei se será assim tão mau cometer uma extravagância à moda antiga: juntar tostõezinhos durante um ano e tal e pagar a pronto, sem ficar a dever nada a ninguém…

Até já piano.

5 thoughts on “adeus piano…

  1. E não há ninguém que faça de fiador? Assim o banco já empresta. Não recomendo Cofidis & sus muchachos que são muito mais caros mas há sempre a hipóese do cartão de crédito.Já viram? Não vinha cá há algum tempo mas hoje comento TUDO!!!!

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  2. nada de que não me tivesse lembrado, mas os únicos dois fiadores possíveis também se encontram na mesma situação que eu, logo…

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