Depois de um jejum teatral de quase um ano, lá segui o conselho de uma amiga (conhecida na comunidade bloguística como J.) e fui ver “O Mocho e Gatinha”, em cena no Teatro Mário Viegas. Já tinha ouvido falar da dita mas como o título me remetia para uma peça infantil, não lhe dei muita atenção. Trata-se, afinal, de uma história de amor absolutamente hilariante entre um pseudo-escritor e uma pseudo-prostituta com sérias dificuldades em se adaptarem ao mundo um do outro.
São três horas (sim, três, mas nem dão por elas) de riso constante com uma peça que, palhaçadas à parte, consegue ter substância e nos faz reflectir sobre as relações humanas, principalmente no que toca à nossa inflexibilidade em tentar ver através da perspectiva de um outro completamente oposto a nós – e que, se olharmos com atenção, talvez seja mais parecido connosco do que estávamos à espera.
Só está em cena durante mais dois fins-de-semana.
Vão ver!
“Eu sou um intelectual, eu não faço o que quero!” e “A evolução da humanidade não se fez à conta do mimo dos idiotas” (não terá sido dito exactamente assim, mas parecido) foram duas das tiradas brilhantes da peça. E só está até este fim-de-semana… Aproveitem 🙂
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Reconheço que o título pode afastar as almas mais crescidas do espectáculo, mas folgo em saber que acham que valeu a pena. Lamento dizê-lo mas o espectáculo acaba já este sábado. A companhia tem de seguir para ensaios.J.
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